História do livro
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A HISTORIA DO LIVRO
Desde as eras mais antigas ate a atual:
Como surgiu e sobreviveu a todas as eras,
Da antiguidade Idade Média, Idade
Moderna, Idade Contemporânea, Idade eletrônica;
Antiguidade Na Antiguidade surge a escrita,,anteriormente
ao texto e ao livro. A escrita consiste de código capaz de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos, em
resumo: palavras. É importante destacar aqui que o meio condiciona o signo, ou seja, a escrita foi em certo sentido orientada
por esse tipo de suporte; não se esculpe em papel ou se escreve no mármore. Papiro egípcioOs primeiros suportes utilizados
para a escrita foram tabuletas de argila ou de pedra. A seguir veio o khartés (volumen para os romanos, forma pela qual ficou
mais conhecido), que consistia em um cilindro de papiro, facilmente transportado.
O "volumen" era desenrolado conforme ia sendo lido, e o texto era escrito em colunas na maioria das vezes (e não no sentido
do eixo cilíndrico, como se acredita). Algumas vezes um mesmo cilindro continha várias obras, sendo chamado então de tomo.
O comprimento total de um "volumen" era de c. 6 ou 7 metros, e quando enrolado seu diâmetro chegava a 6 centímetros. O papiro
consiste em uma parte da planta, que era liberada, livrada (latim libere, livre) do restante da planta - daí surge a palavra
liber libri, em latim, e posteriormente livro em português. Os fragmentos de papiros mais "recentes" são datados do século
II a.C.. Pergaminho do Codex LeningradAos poucos o papiro é substituído pelo pergaminho, excerto de couro bovino ou de outros
animais. A vantagem do pergaminho é que ele se conserva mais ao longo do tempo. O nome pergaminho deriva de Pérgamo, cidade
da Ásia menor onde teria sido inventado e onde era muito usado. O "volumen" também foi substituído pelo códex, que era uma
compilação de páginas, não mais um rolo. O códex surgiu entre os gregos como forma de codificar as leis, mas foi aperfeiçoado
pelos romanos nos primeiros anos da Era Cristã. O uso do formato códex (ou códice) e do pergaminho era complementar, pois
era muito mais fácil costurar códices de pergaminho do que de papiro. Uma conseqüência fundamental do códice é que ele faz
com que se comece a pensar no livro como objeto, identificando definitivamente a obra com o livro. A consolidação do códex
acontece em Roma, como já citado. Em Roma a leitura se dava tanto em público (para a plebe), evento chamado recitatio, como
em particular, para os ricos. Além disso, é muito provável que em Roma tenha surgido pela primeira vez a leitura por lazer
(voluptas), desvinculada do senso prático que a caracterizara até então. Os livros eram adquiridos em livrarias. Assim aparece
também a figura do editor, com Atticus, homem de grande senso mercantil. Algumas obras eram encomendadas pelos governantes,
como a Eneida, encomendada a Virgílio por Augusto. Acredita-se que o sucesso da religião cristã se deve em grande parte ao
surgimento do códice, pois a partir de então tornou-se mais fácil distribuir informações
em forma escrita.
Idade
Média Código Manesse►Consulte também: Iluminura. Na
idade média o livro sofre um pouco, na Europa, as consequências do excessivo fervor religioso, e passa a ser considerado em
si como um objecto de salvação. A característica mais marcante da Idade Média é o surgimento do monges copistas, homens dedicados
em período integral a reproduzir as obras, herdeiros dos escribas egípcios ou dos libraii romanos. Nos monastérios era conservada
a cultura da Antiguidade. Apareceram nessa época os textos didáticos, destinados à formação dos religiosos. O livro continua
sua evolução com o aparecimento de margens e páginas em branco. Também surge a pontuação no texto, bem como o uso de letras
maiúsculas. Também aparecem índices, sumários e resumos, e na categoria de gêneros, além do didático, aparecem os florilégios
(coletâneas de vários autores), os textos auxiliares e os textos eróticos. Progressivamente aparecem livros em língua vernacular,
rompendo com o monopólio do latim na literatura. O papel passa a substituir o pergaminho. Mas
a invenção mais importante, já no limite da Idade Média, foi a impressão, no século XIV. Consistia originalmente da gravação
em blocos de madeira do conteúdo de cada página do livro; os blocos eram mergulhados em tinta, e o conteúdo transferido para
o papel, produzindo várias cópias. Foi em 1405 surgia na China, por meio de Pi Sheng, a máquina impressora de tipos móveis,
mas a técnologia que provocaria uma revolução cultural moderna foi desenvolvida por Johannes Gutenberg.
Idade Moderna Uma página da Bíblia de Gutenberg (Velho testamento).Na idade moderna, no Ocidente, em 1455, Johannes Gutenberg inventa
a imprensa com tipos móveis reutilizáveis, o primeiro livro impresso nessa técnica foi a Bíblia em latim. Houve certa resistência
por parte dos copistas, pois a impressora punha em causa a sua ocupação. Mas com a impressora de tipos móveis, o livro popularizou-se
definitivamente, tornando-se mais acessível pela redução enorme dos custos da produção em série. Com o surgimento da imprensa
desenvolveu-se a técnica da tipografia, da qual dependia a confiabilidade do texto e a capacidade do mesmo para atingir um
grande público. As necessidades do tipo móvel exigiram um novo desenho de letras; caligrafias antigas, como a Carolíngea,
estavam destinadas ao ostracismo, pois seu excesso de detalhes e fios delgados era impraticável, tecnicamente. Uma das figuras
mais importantes do início da tipografia é o italiano Aldus Manutius. Ele foi importante no processo de maturidade do projeto
tipográfico, o que hoje chamariamos de design gráfico ou editorial. A maturidade desta nova técnica levou, entretanto, cerca
de um século. Na idade Moderna aparecem livros cada vez mais portáteis, inclusive os livros
de bolso. Estes livros passam a trazer novos gêneros: o romance, a novela, os almanaques.
Idade Contemporânea EnciclopédiaNa idade Contemporânea,
cada vez mais aparece a informação não-linear, seja por meio dos jornais, seja da enciclopédia. Novas mídias acabam influenciando
e relacionando-se com a indústria editoral: os registros sonoros, a fotografia e o cinema. O acabamento dos livros sofre grandes
avanços, surgindo aquilo que conhecemos como edições de luxo.
Idade eletrônica E-BookVer artigo principal: livro digital Em fins do
século XX surgiu o livro eletrônico, ou seja, o livro num suporte eletrônico, o computador. Ainda é cedo para dizer se o livro
eletrônico é um continuador do livro típico ou uma variante, mas como mídia ele vem ganhando espaço, o que de certo modo amedronta
os amantes do livro típico - os bibliófilos. Existem livros eletrônicos disponíveis tanto para computadores de mesa quanto
para computadores de mão, os PDAs.
Uma dificuldade que o livro eletrônico encontra é que a leitura num suporte de
papel é cerca de 1,2 vez mais rápida do que em um suporte eletrônico, mas pesquisas vêm sendo feitas no sentido de melhorar
a visualização dos livros eletrônicos.
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